sexta-feira, 29 de junho de 2018

Como lavar carros a seco

Como lavar carros a seco?
No início, apenas algumas empresas prestadoras de serviço possuíam material e pessoas treinadas para fazer a lavagem de carros a seco. Mas, como o mercado é dinâmico e hoje em dia você aprende muita coisa pela internet ou tem acesso a produtos que realmente cumprem a tarefa, então esse tipo de serviço pode ser feito em casa.
Bom, antes de começar, é preciso ter em mãos um kit de lavagem a seco. O conjunto de itens é fácil de encontrar no mercado e pode ser adquirido até pela internet. Você precisa de pouca coisa e também de pouquíssima água, que nem mesmo mataria a sede de uma pessoa durante um dia, por exemplo.
No caso dos materiais para lavar carro a seco, tenha em mãos um produto específico para esse serviço, que tem diversos preços no mercado. Os preços variam de R$ 15 a mais de R$ 50. Ou seja, custa o mesmo que mandar lavar o carro fora de casa. Além desse produto, você precisará de panos de microfibras (3 pelo menos) de 40 x 40 cm ou mais. Além disso, compre um pulverizador específico para esse tipo de lavagem, com volume máximo de 1,2 litro.
Não encontrou? Então compre um kit de lavagem a seco para autos, que vem o produto de aplicação, o pulverizador e os panos de microfibra. Custa a partir de R$ 99. Você também precisará de um pincel para detalhamento, que se encontra no mercado. Para fechar o pacote de materiais, tenha também um limpa vidros para carros e um produto para limpeza de roda e pneus, exclusivamente com desengraxante.
No mercado também existem kits para o serviço de maior demanda, caso queira ganhar um dinheiro extra ou ter isso como fonte de renda para lavar carros a seco para terceiros. Também existem produtos para limpeza a seco que são vendidos já com spray para ser borrifado direto no carro e com um pano de microfibra, fazer a limpeza, mas não é o mais indicado.
Lavando o carro a seco
Para se efetuar a lavagem de carro a seco, é necessário algumas recomendações. Em primeiro lugar, o local precisa ser abrigado de sol e chuva, um espaço em que os raios solares não esquentem a carroceria. O carro precisa estar frio e com a lataria devidamente na temperatura ambiente. Também o local precisa estar limpo ou livre de poeira.
Depois, misture em 1,2 litro de água – a quantidade recomendada é essa, mas pode-se utilizar de 500 ml até 2 litros – a quantidade de produto recomendada na embalagem, sempre faça na proporção indicada pelo fabricante. Então, o exemplo citado não servirá para alguns tipos de produto, que requerem mais ou menos água na diluição.
Para aplicação, molhe bem a lataria com o produto pulverizado num espaço de no máximo meio metro quadrado. Após isso, passe suavemente e em círculos, o pano de microfibra para retirar a sujeira. Não aplique força, apenas deixe o pano deslizar sobre o produto na carroceria. Faça movimento num único sentido e apenas uma vez em cada área.
Feito isso, então pegue um segundo pano de microfibra e passe novamente, da mesma forma suavemente e num só sentido. Isso é necessário para dar o acabamento ao local onde o produto foi aplicado e a sujeira foi retirada. Se a sujeira for muita, então deixe o produto agindo por meio minuto e então passe o pano.
Caso seja necessário, passe novamente o pano, mas de um lado onde ainda esteja limpo. Faça isso em toda a carroceria, mas quando o pano de apresentar sujo, lave num balde, torça e continue o processo de lavar o carro a seco.
Use o pincel para ajudar a retirar a sujeira de certas partes da carroceria, ele ajuda bastante onde o pano simplesmente não pode chegar. Até aqui, a carroceria está limpa. Mas existem outras partes. Se o carro estiver sujo de barro ou lama, lave-o com uma lavadora a jato antes do serviço.
No caso dos vidros, utilize o produto específico com a diluição recomendada pelo fabricante do limpador e utilize um spray para borrifar sobre a superfície do material. Nesse caso, não use os panos de microfibra comuns, utilizados na carroceria, mas compre um especialmente feito para vidros. Limpe por dentro e por fora, nessa ordem.
Depois é a vez dos pneus. Mas antes, é recomendável limpar primeiro a caixa de rodas. Nessa hora, pensamos numa lavadora a jato, mas como é a seco, use uma escova para remover a sujeira mais pesada e depois um pano de microfibra bem sujo.
No pneu, use o produto para limpeza com mais panos e depois passe para a roda, pulverizando o máximo de produto possível e ir limpando com pano de microfibra sujo ou escuro para dar acabamento. Pronto, o carro já está limpo e seco.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Dez anos de Lei Seca e 40 mil vidas salvas

Um estudo recente da Escola Nacional de Seguros afirma que, desde 19 de junho de 2008, quando a Lei Federal 11,705, conhecida como Lei Seca, entrou em vigor, 40 mil vidas foram poupadas pela proibição de beber e dirigir. Outras 235 mil pessoas deixaram de permanecer inválidas em razão dos acidentes. Uma pena que o montante dos índices não seja tão otimista.

O Brasil é um dos 25 países no mundo que utiliza a tolerância zero para a combinação entre drogas e direção. É também um dos 34 países que, até 2015, no Relatório do Status Global de Segurança Viária, possuíam leis nacionais sobre condução sob o efeito do álcool alinhadas com as práticas propostas pela Organização Mundia de Saúde (OMS).

De acordo com o balanço anual da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2017, dois milhões de testes de alcoolemia foram realizados. Mais de 19 mil motoristas foram flagrados dirigindo sob a influência de álcool. O número é quase 7% maior que 2016. Seis mil motoristas foram presos por estarem com o limite do psicoativo suficiente para ser considerado crime.

O Ministério da Saúde também contabilizou algumas informações referente à Lei. O órgão questionou, ao longo de 2017, mais de 53 mil pessoas e o resultado foi alarmante. O número de motoristas que dirige após usar drogas aumentou 16% de 2011 para 2017. Os mais irresponsáveis são os jovens de 25 a 34 anos de idade (11%) com maior escolaridade. Os dados são da pesquisa Vigitel (Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas) e apontam que os homens arriscam mais que as mulheres (11,7% contra 2,5%).

O Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) aponta que 32 mil pessoas morreram devido a acidentes de trânsito em 2017. O índice é 13% menor do que no ano anterior (2016), quando foram registrados 37.345 óbitos. Levantamento do Ministério da Saúde afirma que a terceira maior causa de morte no trânsito é a ingestão de álcool (15,6%), perdendo apenas para falta de atenção (30,8%) e velocidade incompatível com a via (21,9%).

Aproximadamente 93% dos acidentes acontecem por falha humana. É importante lembrar, também, que, de acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), 60% dos acidentes graves acontecem com menos de 30 minutos de percurso. A justificava “bebi, mas estava perto de casa, não tinha perigo”, se mostra inverdade.

O valor da multa é de R$2.934,70. Quando os acidentes causados por motoristas embriagados resultam em lesão corporal grave ou morte, as penas são de reclusão de dois a oito anos.


Futuro

Para além da Lei Seca, o alto índice de acidentes e motoristas dirigindo embriagados deu origem ao Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), sistematizado pelaLei Federal 13.614/18, que tem como objetivo reduzir, em dez anos, o número de mortos em acidentes pela metade. Entre as ações, que serão pontuadas na Semana Nacional de Trânsito, estão a realização de campanhas permanentes e públicas de informação, esclarecimento, educação e conscientização do trânsito.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Perigo: tecla de recirculação do ar-condicionado


Botão que evita troca de ar entre a cabine e o ambiente externo pode causar fadiga.

Tem muito motorista (a rigor, a maioria) que não lê o manual do automóvel. Também pudera, o livro está virando um verdadeiro calhamaço… O pior é que muitos motoristas desconhecem a função de certos botões de comando do painel, alguns muito importantes. Um que pode até ser perigoso se acionado indevidamente é a tecla de recirculação do ar-condicionado.
Por que apertar essa teclinha e deixá-la ativa pode ser um perigo? Quando se interrompe a troca de ar com o ambiente externo, os passageiros vão respirando apenas o oxigênio do interior do carro e expelindo gases nocivos ao organismo. Esses gases, distribuídos pela cabine, voltam para o corpo e podem provocar, entre outros problemas de saúde, fadiga ou sono. Muitos motoristas nem imaginam, mas já dormiram ao volante por causa desse botão acionado durante horas.

Entenda como funciona a recirculação

A chave fica junto às outras de comando do sistema de ar e se caracteriza pelo desenho de uma seta fazendo curva. Sua finalidade é evitar a troca do ar de dentro do carro com o ambiente externo. Ela pode ser utilizada principalmente em dois casos:
Primeiro, quando o carro está muito quente: aciona-se a recirculação para acelerar o processo de refrigeração. Fácil de compreender: se o aparelho puxa o ar externo, que está quente, demora-se mais para resfriar o interior do carro. Acionando a recirculação, o sistema puxa o ar interno, de dentro da cabine, que já está se resfriando e entra no aparelho com temperaturas mais baixas.
Outra possibilidade de ativar a tecla de recirculação é para eliminar a troca numa região com muita poeira, ar contaminado de minério, por exemplo, ou no caso do veículo estar numa estrada próximo a um caminhão soltando muita fumaça. Nesse caso, o botão funciona para evitar que o ar externo venha para o interior do carro carregando parte desta sujeira, o que não se evita totalmente mesmo com os filtros de cabine.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Por que os carros modernos usam freios ABS?

Todos os automóveis e comerciais leves no Brasil utilizam um sistema anti-bloqueio das rodas, que se tornou item obrigatório junto com os airbags frontais em 01 de janeiro de 2014. O dispositivos é praticamente usado em todos os países do mundo, até mesmo carros que não levam bolsas infláveis de proteção em seu projeto, possuem opção dos chamados freios ABS.
Mas, afinal, por que os carros modernos usam freios ABS? O motivo essencial é a segurança, pois evita o travamento das rodas, reduzindo a perda de controle direcional do veículo e também o espaço de frenagem do automóvel.

Os automóveis não são os únicos veículos que utilizam freios com ABS, sendo essa tecnologia utilizada também em caminhões, ônibus, motocicletas, ciclomotores e até bicicletas. Em cada qual, o sistema se ajusta à aplicação, mas apenas nos carros de passeio e comerciais leves o item é obrigatório por lei. O dispositivo pode ser instalado em discos ou tambores de freios, independente do tipo de veículo em que está instalado.

História do ABS

Chamado de Anti-lock Braking System, originalmente tinha como designação no alemão Antiblockier-Bremssystem, tendo sido desenvolvido pela Robert Bosch AG, na Alemanha em 1978. Porém, o uso do ABS remonta aos anos 30, tendo sido desenvolvido pelo francês Gabriel Voisin para uso aeronáutico, que patenteou o dispositivo em 1928. Mas, até então ele era mecânico e foi assim que a Dunlop desenvolveu seu ABS primitivo na década de 50, também para aviões, sendo empregado até os dias atuais.
No entanto, tudo mudou em 1971, quando a Bendix desenvolveu o sistema ABS com gerenciamento eletrônico, mas não foi para aviões e sim para o Chrysler Imperial, que se tornou o primeiro carro do mundo com freios que não travavam. Entretanto, a sigla ABS não existia de fato, sendo que a gigante americana batizou o sistema de Sure Brake. A Ford não demorou a adotar nos Lincoln Continental Mark III e LTD (perua), mas era chamado de Sure Track.
O termo ABS só passou a ser usado em 1978 pela Bosch, que introduziu o dispositivo em larga escala, equipando desde carros de luxo até compactos baratos. Nos anos 80, o sistema da marca alemã começou a ser testada e usada em ônibus, motos (especialmente da BMW) e caminhões. A tecnologia era exibida com êxito para espanto de muitas pessoas, pois fazia com que o veículo, mesmo grande, descrevesse uma trajetória segura em piso encharcado de água, desviando do obstáculo quando exigido, enquanto os freios sem a tecnologia simplesmente travavam, deixando o veículo seguir em linha reta para colisão inevitável. Nas motos, a queda evidente era evitada. A partir daí, os carros modernos usam freios ABS.

Evolução e funcionamento

Quando surgiu a versão 2.0 do sistema ABS da Bosch, ele pesava enormes 6,3 kg. Com o passar dos anos, o dispositivo foi sendo aprimorado ao ponto de chegar atualmente a pesar 1,5 kg na versão 8.0. A evolução chegou ao ponto em que a tecnologia foi utilizada para a criação de outros sistemas, como o controle de tração (originalmente ASR) e estabilidade (ESP), graças a integração maior dos sensores e de uma gestão eletrônica mais eficiente, que permitiu evitar a patinagem das rodas de tração nas saídas em piso de baixa aderência e evitar que o carro escape de traseira ou de frente com a dosagem correta de frenagem em cada roda, suficiente para manter a trajetória em curvas ou desvios rápidos de direção.
Como os carros modernos usam freios ABS, então ficou mais fácil que estas tecnologias alcançassem modelos mais baratos, embora isso tenha evidentemente um custo extra. Também surgiram sistemas adicionais, usando o ABS como base, como o controle de torque vetorial (TVC) para manutenção do carro em curvas fechadas, controle de dinâmico de chassi (CDC) e controle de estabilidade de reboque. Mas como funciona?
O sistema de freios com ABS consiste de um módulo de gerenciamento com dois ou quatro canais, sendo o primeiro com um canal de distribuição de força em cada eixo ou, no segundo caso, um em cada roda. Independente do número de canais, cada roda possui um sensor de rotação que utiliza um dispositivo para medir o giro de uma engrenagem acoplada ao disco ou tambor, que passa ao módulo a velocidade do material rodante em milissegundos.
Então, a cada 0,5 segundo, o módulo faz a leitura das velocidades de cada roda e aquela que está sendo executada como um todo pelo veículo e, em caso de frenagem, se houver discrepância nos números de cada roda, o ABS modulará automaticamente a força distribuída pelo motorista, de forma a evitar que aquela roda em específico trave diante do esforço em frear o carro. Abaixo de 20 km/h, no entanto, o sistema não é ativado, onde a incidência de travamento é menor.
A eficiência do ABS é maior no asfalto e no concreto, já que o contato entre pneu e solo é maior. Assim, além de evitar o deslizamento do veículo numa frenagem de emergência, dado assim ao motorista o controle para desviar do obstáculo. Em terra, como o piso é naturalmente de baixa aderência e nas frenagens, os pneus cavam a superfície do terreno, o sistema não consegue uma leitura correta e por isso ele dificilmente atua como deveria nesse caso.
Para o condutor, o sistema passa a agir quando o pedal de freio começa a trepidar, sendo acompanhado por um forte ruído nos freios, mas apesar de preocupante, é o dispositivo atuando para que as rodas não travem. Nessa situação, é recomendado manter a pressão no pedal para que o sistema continue agindo.

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Último modelo apresentado por Henry Ford, o Ford 1941 foi reformulado para resgatar a hegemonia do fabricante de Dearborn. Notório pela...