sexta-feira, 31 de agosto de 2018

OS RISCOS DO EXCESSO DE BAGAGEM NO CARRO


A cena é comum nas estradas, durante os meses de férias ou nos feriados prolongados: carros com famílias ansiosas por um período de descanso e diversão, mas que, sem nem se dar conta, podem estar correndo sérios riscos devido ao excesso de bagagem. Para entender quais são as práticas que podem ameaçar a integridade física dos passageiros e quais os procedimentos corretos, conversamos com Gerson Burin, coordenador técnico do CESVI Brasil - Centro de Experimentação e Segurança Viária.



Carga é no porta-malas
Evitar o transporte de qualquer carga solta dentro da cabine é a primeira recomendação. “Infelizmente, esse é um hábito muito comum. As pessoas levam caixas, malas e objetos pesados soltos no interior do veículo, sem pensar em qual seria a sua dinâmica no caso de um acidente”, diz Burin. “Em uma colisão, esses objetos vão inevitavelmente se deslocar pelo interior do veículo e podem causar ferimentos nos ocupantes”.
O especialista do CESVI explica que esse deslocamento também pode acontecer em uma frenagem mais forte - e, mesmo se não atingir os passageiros, a movimentação da carga pode assustar ou tirar a atenção do motorista, levando a um acidente. O porta-malas é o compartimento que foi projetado especificamente para o transporte de carga e, no caso de uma colisão ou frenagem, seu conteúdo permanece isolado da cabine e dos passageiros.
Além disso, buscando aumentar a capacidade do porta-malas em alguns litros ou para transportar algum objeto mais longo, muitos motoristas retiram o tampão (no caso de hatches) ou removem a cobertura retrátil do compartimento (SUVs e peruas). Na prática, isso equivale a levar as malas soltas dentro do carro, já que em um acidente elas não encontraram nenhum obstáculo para invadir a cabine.

No interior

Caso seja necessário levar algum volume dentro da cabine, ele precisa estar ancorado ou preso com o cinto de segurança, jamais solto. Burin afirma ainda que é recomendável optar pelo porta-malas mesmo para acomodar volumes menores, como bolsas e mochilas. Quando levados dentro da cabine, a recomendação é que fiquem junto ao assoalho do veículo - jamais sobre o tampão traseiro ou no painel frontal.
Burin também ressalta que não se deve nunca obstruir a visão das janelas - laterais ou traseira - e que a base dos vidros é o limite para se acomodar objetos. “Quando se ultrapassa essa linha, o motorista perde campo visual através do retrovisor interno”, explica, lembrando que já presenciou casos até de pessoas que usam o banco dianteiro para transportar grandes caixas, bloqueando totalmente o retrovisor direito e potencializando o risco de acidentes.
Questão de balança

O peso transportado é outro fator a ser observado. Todos os veículos têm uma capacidade de carga máxima, informação que se encontra disponível no manual do proprietário. Se ultrapassar esse limite, o motorista vai sobrecarregar o carro, pois estará rodando fora das especificações para as quais ele foi projetado. Há o risco de fadiga ou quebra de componentes mecânicos, principalmente nos freios e suspensão, ou o estouro de um pneu, levando a um acidente. Além disso, haverá um desgaste prematuro desses conjuntos.
Além disso, mesmo dentro do limite de peso do veículo, é preciso ter atenção com dois outros fatores. O primeiro é fazer a calibragem dos pneus com a pressão recomendada pelo fabricante para quando o veículo estiver carregado. A informação consta no manual do proprietário e, na maior parte dos veículos, também em uma etiqueta fixada no carro, geralmente na porta do motorista, na coluna central ou na portinhola de abastecimento.
Outro fator é a forma de dirigir. Carregado, o automóvel terá reações diferentes das que o motorista está acostumado quando roda com ele vazio. “Em função do peso, o veículo terá menor capacidade de frenagem”, explica Burin, ressaltando que o motorista precisa então ter em mente que o veículo necessitará de alguns metros a mais até parar e, por isso, as frenagens precisam ser antecipadas. Há, também, uma perda na capacidade de aceleração e retomada de velocidade, principalmente em modelos de baixa potência, o que demanda atenção redobrada ao acessar uma via de grande movimento ou ao fazer ultrapassagens.
Burin ainda alerta para a necessidade de reduzir a velocidade de contorno das curvas. “Mais pesado, o veículo sofrerá maior ação da inércia, ou seja, a tendência de ser jogado para fora nas curvas será maior”, diz o consultor do CESVI, que acrescenta que a carga também tende a elevar o centro de gravidade do veículo, fazendo com que a carroceria incline mais.
Bagageiro e rack

Para ampliar a capacidade de carga, o uso dos bagageiros e racks de teto é uma ótima opção, mas demanda muito cuidado. É fundamental fazer sua instalação seguindo as instruções e os limites de peso estabelecidos pelo fabricante, assim como na forma de acomodar e fixar a carga. Caso contrário, há risco de a bagagem se soltar e cair com o carro em movimento, provocando um acidente. O excesso de peso ou a instalação incorreta também podem danificar o teto do veículo.

Além disso, é preciso respeitar os limites legais para o uso desse tipo de equipamento. A carga não pode ultrapassar a lateral do veículo e sua altura máxima é de 50 centímetros acima da linha de teto. Outro ponto importante é que os cuidados com a condução do veículo citados anteriormente devem ser redobrados, uma vez que a carga no teto vai mudar toda a aerodinâmica do veículo, afetando ainda mais as acelerações e retomadas. A massa concentrada no teto eleva ainda mais o centro de gravidade do veículo, aumentando a inclinação da carroceria nas curvas, comprometendo bem a estabilidade.
Ainda que todas essas recomendações sejam seguidas, vale dizer que um pouco de cautela nunca fez mal à ninguém. Por isso, quando usar o bagageiro ou o rack de teto, faça paradas regulares durante a viagem para checar a fixação do volume e também da carga. Aproveite para esticar as pernas e tomar um café.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

A importância do test-drive

De alguns anos para cá, virou prática comum as concessionárias colocarem à disposição modelos -- principalmente os lançamentos -- para a degustação do comprador em potencial. É o test-drive, a possibilidade de dirigir o automóvel em um percurso curto para conhecê-lo melhor antes de efetivar a compra.

O test-drive é fundamental. Por mais que você tenha boas referências sobre determinado carro, nada como avaliá-lo, mesmo que rapidamente, para chegar às suas próprias conclusões. E aqui vai uma recomendação: se o roteiro estabelecido pela autorizada for muito pequeno, bata o pé e diga que você quer dirigir um pouco mais, a fim de ter maior contato com o veículo.

Confira outras dicas importantes para avaliar o carro pretendido.

1. Se a concessionária não tiver exatamente o automóvel que você quer, ao menos tente dirigir uma versão mais próxima. Mas evite fazer o test-drive com um carro mais potente para não se iludir com o desempenho que você não terá depois

2. Confira se o carro está em boas condições, sem pneus gastos, por exemplo.

3. Veja se o carro "veste" bem você, se ele tem boa posição de dirigir e se o banco é confortável. Não adianta ter uma roupa linda se ela é dois número abaixo do seu. 

4. Peça para pegar ruas íngremes e com oscilações. Assim, você poderá avaliar o desempenho do motor, ainda mais se ele for 1.0, e o nível de ruído transmitido para a cabine. 

5. Sinta como o carro se comporta em freadas mais bruscas e nas entradas de curvas. Não abra mão de comprar um veículo seguro e equilibrado. 

6. Preste bastante atenção principalmente na mecânica e no capricho do acabamento. 

7. Se tiver alguma dúvida, não hesite em perguntar para o vendedor que irá acompanhá-lo. 

8. Lembre-se: você não é obrigado a comprar porque fez o test-drive. Se precisar, pesquise preços em outras concessionárias e dirija modelos do mesmo segmento para fazer a comparação entre eles.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Nesta semana acontece o Feirão Esmaga Preços Ativa Seminovos

Uma excelente oportunidade para você adquirir o seu carro seminovo de qualidade com o melhor custo-benefício.


Ativa Seminovos realiza entre os dias 16 e 19 de agosto de 2018, quinta, sexta, sábado e domingo, respectivamente, o Feirão Esmaga Preços A Hora é Essa, o evento acontece na unidade de Ribeirão Preto.  

A Ativa Seminovos trabalha com diferentes marcas e modelos, sendo esportivos, sedans, hatchs, suvs, compactos e utilitários. Os veículos possuem baixa quilometragem, pouco tempo de uso e contam com a garantia de fábrica, que varia de acordo com o ano de fabricação do carro.  

Com uma equipe dedicada e muito qualificada, a Ativa Seminovos cuida de todos os detalhes para você sair com o carro pronto para rodar, desde a documentação, até o estado de manutenção do veículo, pois todos são revisados e periciados.  

As condições especiais de pagamento e financiamento, que já são um diferencial da Ativa Seminovos, estão ainda melhores durante o Feirão, por isso se você está planejando comprar ou trocar de carro a oportunidade é essa.  

Ativa Seminovos em Ribeirão Preto na Avenida Maurilio Biagi, nº 1801.  
www.ativaseminovos.com.br
 
Fonte: https://www.acidadeon.com/ribeiraopreto/economia/veiculos/PUBE,0,0,1360061,nesta+semana+acontece+o+feirao+esmaga+precos+ativa+seminovos.aspx

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Câmbio automático estrá em 60% dos carros até 2020, prevê Volkswagen


Presidente da fabricante alemã afirma que veículos com câmbio manual serão minoria em dois anos.
Até pouco tempo restrito a modelos de luxo, o câmbio automático começa a equipar boa parte dos carros compactos mais simples. 

No ano 40% dos automóveis novos vendidos no País tinham o equipamento. A projeção das montadoras é de que chegará a 60% em dois anos.
Atentos a essa nova preferência do consumidor brasileiro, as fabricantes estão ampliando a oferta do equipamento que dispensa a troca de marcha e elimina o pedal da embreagem.
No início da semana, a Ford colocou à venda o Ka hatch SE com câmbio automático. Na quinta-feira, 26, foi a vez da Volkswagen lançar o Gol nessa configuração e também o sedã Voyage.
"A transmissão automática, antes somente encontrada nos carros premium, agora é um item desejado pela maioria dos consumidores, e migrou também para os carros mais acessíveis", diz o presidente da Volkswagen América do Sul e Brasil. 

O Gol incorporou o equipamento na versão 1.6 e começa a ser vendido nos próximos dias por R$ 54.580. Com motor da mesma potência, o Hyundai HB20 custa R$ 58.950 e está disponível desde 2012. O Ka 1.5 custa R$ 56.490 e o Toyota Etios 1.3, à venda desde 2016, R$ 53.440. 
O mais vendido é o Chevrolet Onix, que ganhou câmbio automático de seis marchas em 2013 e vendeu, no ano passado, 32 mil unidades, ou 17% de toda a linha.

O Onix também é campeão nacional de vendas, com 188 mil unidades em 2017. A versão 1.4 custa R$ 60 mil, mas, no início do ano, a General Motors lançou uma mais em conta, com menos itens, a R$ 55.290.
Embora não sejam considerados concorrentes diretos do Gol, os modelos de pequeno porte Nissan March, Citroën C3, Peugeot 208 e Ford Fiesta também têm opções automáticas.
Antes, o câmbio automático equipava carros na faixa de preço acima de R$ 70 mil. "Depois da direção elétrica e do ar-condicionado se tornarem comuns entre os carros de entrada, o brasileiro agora sonha com o conforto da transmissão automática", justifica o diretor de marketing da GM, Hermann Mahnke.
Outro segmento que cresce no Brasil e que tem atraído as montadoras para o lançamento de carros com transmissão automática é o de vendas para pessoas com deficiência física. No ano passado, foram vendidos mais de 100 mil veículos para esse público. O consumidor tem direito a isenção de vários impostos que reduzem em 20% a 30% o preço oficial do carro, que não pode passar de R$ 70 mil.

Liderança 

Na disputa com a GM pela liderança do mercado de automóveis e comerciais leves, a Volkswagen,hoje em segundo lugar, fez dez lançamentos desde outubro, entre carros inéditos, como Polo e Virtus, e versões, casos do Gol e do Voyage, que custa R$ 59.990, ambos produzidos em Taubaté (SP)."Ainda teremos mais dez novidades até 2020", lembra Di Si. Uma delas será o T-Cross, primeiro utilitário da marca a ser feito no País, na filial de São José dos Pinhais (PR), no primeiro trimestre de 2019. A marca também vai importar um carro híbrido para testar o mercado. A GM anunciou 20 lançamentos até 2022, também com a inclusão de SUVs nacionais.A marca detém 17% de participação no mercado, ante 18% em 2017. Já a Volkswagen passou de uma fatia de 12,5% para 15% "e vamos ganhar mais 1,5% nos próximos meses", aposta Di Si. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


sexta-feira, 3 de agosto de 2018

COMO TIRAR A CNH ESPECIAL


Pessoas com deficiência (PCD) ou mobilidade reduzida podem não apenas dirigir, como também ter desconto na hora de comprar um carro novo. Mas para conseguir as isenções de impostos o primeiro passo é possuir uma CNH especial. Confira como tirar o documento.
Quem pode ter CNH especial?
A CNH especial é destinada às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, incluindo doenças que podem afetar as funções motoras e cognitivas, desde que afetem à capacidade de dirigir da pessoa. Estão nessa lista desde artrite, artrose, escoliose e até esclerose múltipla e até problemas graves na coluna. Quem já sofreu um AVC ou possui algum tipo de doença neurológica, como Parkinson, também pode se submeter às avalições médicas para conseguir a carteira de motorista.

Pessoas com ausência ou amputação de membros, nanismo, pessoas com algum tipo de prótese interior ou exterior também podem ter a habilitação, comprar carro com desconto e adaptá-lo.

Vale lembrar que quem alegar ter algumas dessas patologias, mas não tenha a habilitação especial pode ser multado e ter seu direito de dirigir suspenso.
O processo para tirar uma CNH especial é bem semelhante ao processo para obter documento comum. Além de ser indispensável ter completado 18 anos, são exigidos os mesmos documentos: RG, CPF e comprovante de residência. 


A diferença é que a pessoa terá que passar por um exame físico e psicotécnico bem meticuloso, realizado por uma junta especializada de médias, credenciada ao Detran do estado. Os especialistas vão determinar se o indivíduo está apto a dirigir, sob quais condições e se é necessário algum tipo de adaptação do veículo.

Apesar do exame médico mais extenso, não há taxas adicionais por isso. O Detran de São Paulo, por exemplo, cobra o valor de R$ 62,19 para os exames médicos da primeira habilitação especial e R$ 84,81 para a renovação do documento (com a permanência das restrições já existentes).

Nesse processo, o importante é checar as clínicas autorizadas junto ao departamento de trânsito do seu estado. Para isso, o Detran disponibiliza em seu site a lista de clínicas, assim como a de centro de formação de condutores (CFC) credenciados.

A autoescola deverá ter o veículo adaptado conforme a necessidade do aluno para a realização das aulas práticas. De acordo com a legislação de trânsito, o aluno que está tirando a CNH especial deve cumprir as mesmas 45 horas aulas de direção para se submeter a prova prática.

O exame é o mesmo aplicado aos demais candidato, com o mesmo percurso e critérios de avaliação, conforme determina a legislação federal. A diferença é que um médico acompanha toda o percurso da prova para avaliar se o veículo utilizado atende às necessidades do futuro condutor.
Restrições
Caso o motorista seja aprovado no processo de habilitação, ele deverá receber sua CNH com alguma letra no campo “observações” do documento. Todas as restrições são identificadas por letras de A a Z, e cada uma tem um significado específico. Como uso obrigatório de lentes corretivas (A) ou até mesmo a necessidade de aceleração e freios manuais (H).

Danylo Mota tem insuficiência renal crônica, doença que o obriga a ter uma fístula para hemodiálise no braço esquerdo que afeta a força e velocidade do braço, e por isso possui CNH especial há aproximadamente 1 ano. Ele conta que o processo de habilitação foi simples. “Preciso apenas que o carro seja automático e tenha direção hidráulica ou elétrica para não forçar meu braço. Hoje, estou com minha carteira de habilitação modificada com as restrições: A, D e F. A primeira letra é para indicar Correção ocular, a segunda Direção Hidráulica e a terceira Carro automático” explica.
Mudança de categoria e renovação
É comum a troca da habilitação tradicional para a especial. Se o condutor sofrer algum acidente que reduza sua capacidade de mobilidade e condução, ele deverá realizar novos exames médicos. A orientação é fazer a renovação o mais rápido possível, mesmo que a CNH ainda esteja dentro do prazo de validade.

A obrigatoriedade de realização de aulas práticas para a mudança para a categoria PCD varia de estado para estado. Luísa Almeida tem escoliose e explica que precisou realizar as aulas e a prova prática para mudar o tipo de CNH: “Fiz vários exames médicos, perícia no Detran, aulas na autoescola em carro automatizado e paguei inúmeras taxas de exame médico. As provas foram somente práticas”, afirma.

Já Danylo afirma que não precisou realizar aulas novamente no estado do Rio de Janeiro. “Em outros estados, vi pessoas informando que tiveram que fazer uma nova prova, já com carros automáticos e tudo mais, mas não precisei. Foi só verificado minha força, mobilidade, nível de atenção e mobilidade pela médica do Detran” conta.

Para a renovação da CNH especial, o prazo de validade é o mesmo. De acordo com o Denatran, a validade de uma CNH é de 5 anos, ou três anos para os condutores com mais de 65 anos de idade. Dependendo da patologia, no entanto, esse prazo pode ser reduzido pelo perito examinador. Se após o vencimento, o documento não tiver sido renovado, o motorista só poderá dirigir por mais 30 dias até a suspensão do direito de dirigir.

Luísa explica a importância do conhecimento dos direitos do público PCD, não apenas com a redução de impostos mas também para condições mais saudáveis ao volante: “A troca de carro melhorou muito a qualidade de vida e parou de agravar minha saúde”.


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Último modelo apresentado por Henry Ford, o Ford 1941 foi reformulado para resgatar a hegemonia do fabricante de Dearborn. Notório pela...