terça-feira, 22 de maio de 2018

Crédito e leasing para veículos crescem 23,7%

De acordo com Anfavea, em abril, foram produzidos 266 mil carros, 40,4% mais do que em 2017


Apesar de o país ainda não ter se recuperado da crise econômica, a liberação de financiamentos e leasing para a compra de veículos novos teve alta de 23,7% em março, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Ao todo, o montante desses financiamentos chegou a R$10,3 bilhões no mês, segundo a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras). 

É um número significativo, mas que indica recuperação de um período de recessão, em que as vendas caíram bastante. Trata-se de uma demanda reprimida Luiz Montenegro, Anef
Sobre o atual momento da economia, ainda em recuperação, ele supõe que indicadores positivos tenham encorajado os consumidores. "A taxa de juros caiu bastante e está em um nível favorável. A inflação vem caindo e mostrando estabilidade." 

A análise é compactuada por Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). "A queda na inadimplência, aliada à baixa dos juros, vêm favorecendo o setor como um todo", afirma. Segundo a Fenabrave, entre janeiro e abril houve aumento de 17,65% no número de novos emplacamentos de veículos ante os primeiros quatro meses de 2017. 

Números da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) confirmam a recuperação do setor. "Entre exportações e mercado interno, em abril, foram produzidos 266 mil carros, 40,4% mais do que no mesmo mês do ano passado", afirma Antonio Megale, presidente da associação. "Já temos informações de montadoras associadas contratando e ampliando turnos de trabalho." 

Alguns dos últimos indicadores econômicos têm sido considerados positivos, mas, no dia a dia, boa parte da população os questiona por não sentir reflexos dessa recuperação. Com o expressivo aumento nas vendas de veículos, analistas avaliam se o momento é propício para financiar. 

"Creio que quem tinha receio de gastar no auge da crise tem se encorajado com os indícios de recuperação da crise, como a inflação contida e juros baixos", analisa a administradora Teresa Maria Fernandez, da consultoria de economia MB Associados. Sobre a influência da indefinição política para quem pensa em financiar, ela sugere duas situações. "A incerteza até deixa algumas pessoas receosas, mas, por outro lado, o ano eleitoral pode até encorajar outras. Se as condições são favoráveis agora, as taxas e prestações contratadas não vão mudar no ano que vem, qualquer que seja o presidente." 

Para o educador financeiro José Vignoli, não basta verificar se as prestações "cabem no bolso", mas é preciso considerar que um carro novo também aumenta a despesa mensal. "Em qualquer situação é preciso ser cauteloso e refletir sobre a própria situação, as perspectivas e a existência ou não de uma reserva", orienta. "É normal se entusiasmar quando as coisas começam a melhorar, mas é preciso ser consciente. A euforia de quem não se planeja pode resultar em ressaca indesejada.''

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/05/credito-e-leasing-para-veiculos-crescem-237.shtml

terça-feira, 15 de maio de 2018

Por que preferir um carro seminovo a um zero quilômetro


Comprar um carro seminovo pode ser um ótimo negócio. Como nos primeiros anos de uso os carros têm uma forte desvalorização, ao comprar um carro com menos de três anos de uso, é possível obter bons descontos. E, tomados os devidos cuidados para encontrar um carro em boas condições, o seminovo pode não deixar nada a desejar em relação ao zero quilômetro e ainda representar um bom “upgrade” na compra.
Veja a seguir algumas vantagens de comprar um carro seminovo. 
1. Descontos no preço de compra

Pelo mesmo valor de um novo, o mercado oferece carros seminovos mais sofisticados, potentes e equipados. Isso acontece porque no momento em que o carro sai da concessionária e nos primeiros anos de uso ele sofre a perda mais significativa de valor.
Os dados mais recentes sobre depreciação de veículos, divulgados pela Agência Autoinforme em novembro de 2012, mostram que entre os quase 800 carros pesquisados, as depreciações após o primeiro ano de uso variam entre 10,8% (depreciação do Celta) e 25,6% (Jeep Cherokee).
Quem não se importa em não ter um carro com “cheirinho de novo”, além de não sentir essa desvalorização no próprio bolso pode se aproveitar disso ao comprar um seminovo com desconto. 
Segundo Amos Lee Harris Júnior, diretor da Universidade Automotiva (Uniauto), muitos compradores sonham em ter um carro zero, por isso não buscam inicialmente os seminovos. “Mas, quando percebem que com o valor que têm na mão só comprariam um carro pequeno, com poucos opcionais e que não atende às suas necessidades, eles procuram um usado mais equipado pelo mesmo valor”, comenta.
É evidente que nem todos os seminovos são vendidos em perfeitas condições, por isso o preço não deve ser a única preocupação. Na hora da compra, é importante tomar alguns cuidados para checar o estado geral do carro, pedindo a um mecânico de confiança que faça uma vistoria e fazendo um test drive prolongado. Algumas revendedoras permitem que o comprador teste o carro por alguns dias. 
“Não existem dois seminovos iguais. Um pode ter mais quilometragem, outro terá um maior desgaste do pneu. Mas sempre é possível encontrar ótimas oportunidades. Eu acompanhei recentemente a venda de um Hyundai Azera com dois anos de uso por 52 mil reais, metade do preço do zero quilômetro que é próximo de 130 mil reais”, afirma Ilídio Gonçalves dos Santos, presidente da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos).
2. Perdas menores para quem troca de carro com frequência

Se o proprietário precisar troca de carro com frequência, por exemplo, por causa de um emprego que envolve a mudança de país a cada um ou dois anos, ao comprar sempre carros novos ele perderá muito dinheiro.
Trocando o carro em pouco tempo, a depreciação elevada dos primeiros anos do veículo pesa ainda mais no bolso. Por isso o carro novo é mais indicado para quem pretende ficar com o carro por mais de três ou quatro anos, quando a desvalorização começa a se estabilizar.
3. Maior economia de combustível

Carros movidos à diesel, híbridos e veículos com motores de consumo reduzido costumam ser mais caros que outros carros. Por isso, se o valor disponível para a compra do carro for suficiente para comprar um novo convencional ou um seminovo com maior economia de combustível, novamente o carro usado pode valer mais a pena e trazer economias não só no ato da compra, como na sua manutenção. 
O diretor da Uniauto acredita que abrir mão de um novo para comprar um seminovo a diesel, por exemplo, só faz sentido se o motorista chegar a uma altíssima quilometragem, pois só assim a economia do diesel compensará. Mas no caso dos motores mais eficientes e híbridos, como a economia é mais expressiva, a troca pode valer a pena. “Além da maior economia de combustível, há uma tendência de mercado que aponta para a valorização de carros com consumo mais eficiente. Como o preço da gasolina pode chegar a patamares que nós nem imaginamos, esses tipos de carro podem se valorizar em relação a outros futuramente”, diz Harris Júnior.
4. Vantagens para quem usa pouco o carro

A principal desvantagem em comprar um carro seminovo são os gastos com manutenção, que podem ser maiores do que os de um carro novo, principalmente se o antigo proprietário não fazia um bom uso do carro.
Mas, para quem já tem um carro para o dia a dia, um seminovo pode ser a melhor opção como segundo carro, voltado para os fins de semana ou momentos de lazer, por exemplo. O uso menos severo reduz as chances de problemas de manutenção, e o preço menor possibilita a compra de um carro mais sofisticado e confortável, que combine mais com as horas livres.
5. Seminovos podem vir com mais equipamentos

Milad Kalume Neto, gerente de desenvolvimento de negócios da consultoria automotiva Jato Dynamics, explica que algumas montadoras, em busca de tornar o preço do carro mais competitivo no mercado, acabam criando uma nova versão de um determinado modelo com menos equipamentos e mais barata. “Esse reposicionamento de preço ocorre com certa frequência e já aconteceu com a BMW há um tempo, com o Golf e com o Porsche Cayenne. As montadoras tiram alguns opcionais para reduzir o preço de um carro que não está vendendo muito”, diz. 
Nesses casos, além de o seminovo ter um valor menor, ele virá mais equipado do que a versão nova do mesmo modelo, o que o torna uma opção ainda mais interessante.
6. Seminovos podem ser mais indicados para motoristas iniciantes

Apesar de o primeiro carro normalmente ser associado ao sonho do carro zero, o seminovo pode ser mais indicado para o motorista iniciante. Em geral, quem tem pouca experiência na direção desgasta mais o carro. Além disso, eventuais batidas vão “doer menos”, e será possível ter um carro mais confortável e fácil de manter do que um zero quilômetro mais caro.
7. A garantia da montadora é mantida

Mesmo que o carro seja vendido, a garantia da montadora permanece pelo tempo que foi acordado na venda. Isso significa que se um carro tiver três anos de garantia e for vendido com um ano de uso, o novo proprietário continua contando com a garantia por dois anos. “Além da garantia que a revendedora que vendeu o carro dá, de três meses, há a garantia das montadoras, que hoje em dia pode chegar a cinco anos”, afirma Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto. 

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