sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O QUE É UM PNEU RUN FLAT, AFINAL?

Pneus run flat conseguem rodar mesmo sem ar durante muitos quilômetros, mas cobram um preço alto por essa qualidade.

Os pneus run flat, de "run flat tire", ou "pneus que podem rodar vazios", em uma tradução direta do inglês, surgiram na década de 1930, época em que as câmaras estouravam com mais facilidade trazendo prejuízo aos viajantes. Esses pneus podem rodar totalmente vazios, por aproximadamente 80 quilômetros de distância e a uma velocidade de até 80 km/h (dependendo do modelo), preservando a dirigibilidade. "Os pneus run flat têm paredes laterais reforçadas para suportar o peso do carro, mesmo que estejam sem ar. São compatíveis com rodas convencionais e garantem uma condução segura do veículo no caso de rasgo ou furo do pneu", diz o gerente de assistência técnica da Continental, Rafael Astolfi.

Por outro lado, o reforço de material em sua composição deixa o run flat mais duro do que os convencionais. Uma má notícia para quem não abre mão do conforto, pois deverão sentir muito mais as saliências e as imperfeições do solo. Sem falar nos níveis de vibração e ruído que certamente irão aumentar. Como somam mais elementos na estrutura, são também mais caros do que os comuns. A diferença de preço de um pneu comum para um run flat varia, em média, de 20% a 40% a mais.
Há, também, run flats recomendados apenas para carros homologados, sob medida. "A Continental criou o sistema SSR (Self Supporting Runflat) especialmente feito para pneus de seção baixa. Eles só devem ser utilizados em veículos que estejam homologados, pois dependem de um equipamento chamado TPMS, que monitora a pressão do pneus, e de suspensões projetadas para esse tipo de aplicação. Recomenda-se ainda que os veículos estejam equipados com controle de estabilidade", conta Rafael Astolfi.
Outra vantagem dos automóveis que saem de fábrica equipados com run flats é o alívio de peso, que pode contribuir para salvar combustível por não possuírem estepe. Mas, fique atento! Um carro que não têm a suspensão preparada para a utilização desses pneus sofrerá com a alteração do seu comportamento dinâmico e redução do conforto. Da mesma forma que pneus comuns instalados em automóveis construídos para runflat influenciarão, para pior, no comportamento do carro. Essa ocorrência deverá causar falta de precisão e de velocidade nas repostas do volante, além de perda de estabilidade em curvas.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

O QUE VOCÊ DEVE SABER ANTES DE BLINDAR SEU CARRO

Quem tem um carro blindado ou pretende blindar seu veículo deve ficar atento: novas regras para esse setor foram estabelecidas pela portaria número 55 do Exército Brasileiro. As mudanças entraram em vigor no dia 11 de agosto deste ano. Entre elas, a que mais afeta o consumidor estabelece que o Certificado de Registro (que antes era exigido apenas das blindadoras) seja obrigatório para os proprietários de carros blindados, tanto para pessoa física quanto jurídica.
O CR pode ser adquirido através de um despachante ou mesmo uma blindadora, que encaminha os documentos do proprietário do veículo para o Exército. O processo dura, em média, 30 dias. Quem já possui um carro blindado regularizado na portaria anterior não precisa ir atrás do Certificado de Registro. “No caso de venda desse veículo blindado para outra pessoa, o novo proprietário terá que obter também o CR em seu nome, pois o Registro é pessoal”, explica o Exército.
Com relação a manutenção, a reautoclavagem, que é o processo de recuperação de vidros blindados delaminados, é proibida pelas novas regras. A partir de agora, deve-se substituir todas as peças que estejam danificadas e as que apresentem possibilidade de dano. 
Para quem possui um carro com teto solar, vale a pena pensar duas vezes antes de blindá-lo. A partir de agora, a blindagem dessa área do veículo deve ser a mesma de todo o resto do carro, fazendo com que o teto não abra. Rodolpho Simão, diretor comercial da Totality Blindados, explica que ainda não está claro como isso deve ser feito: "A Portaria 55 não deixa claro qual tipo de material, ou seja, poderá ser em aço, manta ou até mesmo  vidro balístico blindado, contanto que a peça seja fixa e sem movimento/abertura". 
O Exército explica que as novas regras devem garantir melhor controle da atividade de blindagem, com produto controlado. “Todas as mudanças estabelecidas visam a proporcionar celeridade e desburocratizar procedimentos”, explica o Centro de Comunicação Social do Exército.
O que você precisa saber antes de blindar seu carro
O que o motorista deve fazer?
“Procurar uma blindadora idônea de responsabilidade, que tenha autorizações e licenças”, explica Marcelo Ramos, gerente comercial da Avallon Blindagens. Para iniciar o processo da blindagem, o motorista precisa apresentar RG, CPF, comprovante de endereço, número do chassi, placa e RENAVAM do veículo, CNPJ e razão social para pessoas jurídicas e certidão negativa de antecedentes criminais, para conseguir uma autorização. De acordo com a nova regra, o proprietário do veículo deve, ainda, possuir um Certificado de Registro.
Que tipo de veículo pode ser blindado?
Uma vez que o motorista já esteja autorizado a blindar seu carro, é necessário checar se vale a pena colocar seu veículo pelo processo. Marcelo reforça que a maioria dos modelos pode ser blindado, mas carros com motorização 1.0 não compensam o ganho de peso. Além disso, veículos conversíveis não são blindados.
Qual é o custo para blindar?
Em média, o valor fica em torno de R$ 50 mil, mas isso pode variar bastante dependendo do modelo do carro, da oficina e da região.
Quando é feita a manutenção de um carro lbindado?
Depois de 10 mil km rodados, o veículo deve passar por uma revisão na blindagem.
O consumo de combustível aumenta?
Muito se fala sobre os impactos que o aumento do peso do carro pode gerar, como gasto maior de combustível e desgaste das peças. De acordo com Marcelo, a blindagem de um veículo adiciona cerca de 180 à 200 kg ao veículo, mas a tecnologia de blindagem hoje é mais avançada e não faz com que ele seja muito prejudicado. “Você pode imaginar como se estivesse colocando dois adultos a mais dentro do carro, em todos os trajetos que ele irá fazer”. Sendo assim, o desgaste das peças pode ser um pouco antecipado, mas nada fora do normal.

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