Comprar um carro
seminovo pode ser um ótimo negócio. Como nos primeiros
anos de uso os carros têm
uma forte desvalorização, ao comprar um carro com menos de três anos de uso, é
possível obter bons descontos. E, tomados os devidos cuidados para encontrar um
carro em boas condições, o seminovo pode não deixar nada a desejar em relação
ao zero quilômetro e ainda representar um bom
“upgrade” na compra.
Veja a seguir algumas vantagens de comprar um carro seminovo.
1. Descontos no preço de compra
Pelo mesmo valor de um novo, o mercado oferece carros seminovos mais
sofisticados, potentes e equipados. Isso acontece porque no momento
em que o carro sai da concessionária e nos primeiros anos de uso ele sofre a
perda mais significativa de valor.
Os dados
mais recentes sobre depreciação de veículos,
divulgados pela Agência Autoinforme em novembro de 2012, mostram que entre os
quase 800 carros pesquisados, as depreciações após o primeiro ano de uso variam
entre 10,8% (depreciação do Celta) e 25,6% (Jeep Cherokee).
Quem não
se importa em não ter um carro com “cheirinho de novo”, além de não sentir essa
desvalorização no próprio bolso pode se aproveitar disso ao comprar um seminovo
com desconto.
Segundo
Amos Lee Harris Júnior, diretor da Universidade Automotiva (Uniauto), muitos
compradores sonham em ter um carro zero, por isso não buscam inicialmente os
seminovos. “Mas, quando percebem que com o valor que têm na mão só comprariam
um carro pequeno, com poucos opcionais e que não atende às suas necessidades,
eles procuram um usado mais equipado pelo mesmo valor”, comenta.
É
evidente que nem todos os seminovos são vendidos em perfeitas condições, por
isso o preço não deve ser a única preocupação. Na hora da compra, é
importante tomar alguns cuidados para checar o estado geral do carro,
pedindo a um mecânico de confiança que faça uma vistoria e fazendo um test
drive prolongado. Algumas revendedoras permitem que o comprador teste o carro
por alguns dias.
“Não
existem dois seminovos iguais. Um pode ter mais quilometragem, outro terá um
maior desgaste do pneu. Mas sempre é possível encontrar ótimas oportunidades.
Eu acompanhei recentemente a venda de um Hyundai Azera com dois anos de uso por
52 mil reais, metade do preço do zero quilômetro que é próximo de 130 mil
reais”, afirma Ilídio Gonçalves dos Santos, presidente da Fenauto (Federação
Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos).
2. Perdas menores para quem troca de carro com
frequência
Se o
proprietário precisar troca de carro com frequência, por exemplo, por causa de
um emprego que envolve a mudança de país a cada um ou dois anos, ao comprar
sempre carros novos ele perderá muito dinheiro.
Trocando
o carro em pouco tempo, a depreciação elevada dos primeiros anos do veículo
pesa ainda mais no bolso. Por isso o carro novo é mais indicado para quem
pretende ficar com o carro por mais de três ou quatro anos, quando a
desvalorização começa a se estabilizar.
3. Maior economia de combustível
Carros
movidos à diesel, híbridos e veículos com motores de consumo reduzido costumam
ser mais caros que outros carros. Por isso, se o valor disponível para a compra
do carro for suficiente para comprar um novo convencional ou um seminovo com
maior economia de combustível, novamente o carro usado pode valer mais a pena e
trazer economias não só no ato da compra, como na sua manutenção.
O diretor
da Uniauto acredita que abrir mão de um novo para comprar um seminovo a diesel,
por exemplo, só faz sentido se o motorista chegar a uma altíssima
quilometragem, pois só assim a economia do diesel compensará. Mas no caso dos
motores mais eficientes e híbridos, como a economia é mais expressiva, a troca
pode valer a pena. “Além da maior economia de combustível, há uma tendência de
mercado que aponta para a valorização de carros com consumo mais eficiente.
Como o preço da gasolina pode chegar a patamares que nós nem imaginamos, esses
tipos de carro podem se valorizar em relação a outros futuramente”, diz Harris
Júnior.
4. Vantagens para quem usa pouco o carro
A
principal desvantagem em comprar um carro seminovo são os gastos com
manutenção, que podem ser maiores do que os de um carro novo, principalmente se
o antigo proprietário não fazia um bom uso do carro.
Mas, para
quem já tem um carro para o dia a dia, um seminovo pode ser a melhor opção como
segundo carro, voltado para os fins de semana ou momentos de lazer, por
exemplo. O uso menos severo reduz as chances de problemas de manutenção, e o
preço menor possibilita a compra de um carro mais sofisticado e confortável,
que combine mais com as horas livres.
5. Seminovos podem vir com mais equipamentos
Milad
Kalume Neto, gerente de desenvolvimento de negócios da consultoria automotiva
Jato Dynamics, explica que algumas montadoras, em
busca de tornar o preço do carro mais competitivo no mercado, acabam criando
uma nova versão de um determinado modelo com menos equipamentos e mais barata.
“Esse reposicionamento de preço ocorre com certa frequência e já aconteceu com
a BMW há um tempo, com o Golf e com o Porsche Cayenne. As montadoras tiram
alguns opcionais para reduzir o preço de um carro que não está vendendo muito”,
diz.
Nesses
casos, além de o seminovo ter um valor menor, ele virá mais equipado do que a
versão nova do mesmo modelo, o que o torna uma opção ainda mais interessante.
6. Seminovos podem ser mais indicados para
motoristas iniciantes
Apesar de
o primeiro carro normalmente ser associado ao sonho do carro zero, o seminovo
pode ser mais indicado para o motorista iniciante. Em geral, quem tem pouca
experiência na direção desgasta mais o carro. Além disso, eventuais batidas vão
“doer menos”, e será possível ter um carro mais confortável e fácil de manter
do que um zero quilômetro mais caro.
7. A garantia da montadora é mantida
Mesmo que
o carro seja vendido, a garantia da montadora permanece pelo tempo que foi
acordado na venda. Isso significa que se um carro tiver três anos de garantia e
for vendido com um ano de uso, o novo proprietário continua contando com a
garantia por dois anos. “Além da garantia que a revendedora que vendeu o carro
dá, de três meses, há a garantia das montadoras, que hoje em dia pode chegar a
cinco anos”, afirma Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto.
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