terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Veja os carros que mais dependem de venda para empresas e táxis no Brasil

Menos de 30% do total dos emplacamentos desses modelos é para o consumidor comum. Descontos generosos podem não ser saudáveis para as fabricantes, alerta consultor.


As vendas diretas, aquelas para empresas e taxistas, estão impulsionando a alta nos emplacamentos de veículos no Brasil em 2017. Esta modalidade representa 40% do mercado, e apesar de ainda ser minoria, é o único tipo de venda que cresceu em relação ao ano passado.

Mas quanto elas representam para as fabricantes, e quais são os modelos que mais dependem desta modalidade?
G1 listou os 50 carros e comerciais leves (picapes e furgões) mais vendidos do país entre janeiro e outubro, segundo a federação dos concessionários, a Fenabrave, e calculou a porcentagem de vendas diretas sobre o total de emplacamentos no período.
Confira abaixo o ranking e algumas curiosidades.

Maior participação de vendas diretas

Entre os 10 que mais realizam vendas diretas, 6 são picapes. Não é surpresa que esses veículos sejam usadas para o trabalho, mas alguns modelos são quase totalmente voltados a empresas, casos de Chevrolet Montana (96,3%), Fiat Strada (89,6%) e Volkswagen Saveiro (79,4%) .
Apenas Volkswagen Amarok e Toyota Hilux não aparecem no top 10 de vendas diretas. A picape japonesa, inclusive, é o 7º veículo que menos tem proporção de vendas diretas, com apenas 19,7% do total dos emplacamentos.
Veja mais detalhes:
Chevrolet Montana – 12.591 unidades em um total de 13.084 são de venda direta
Chevrolet Montana (Foto: Divulgação)

Fiat Strada – 43.270 unidades em um total de 47.967
Fiat Strada (Foto: Divulgação)

Volkswagen Saveiro – 31.362 unidades em um total de 39.141
Volkswagen Saveiro Pepper (Foto: André Paixão / G1)
Dos 5 modelos que mais vendem para empresas, todos têm mais de 70% do total de seus emplacamentos destinados a esse fim. A média do mercado neste ano foi de 40% até novembro, de acordo com a Fenabrave.

'Carros de praça'


Chevrolet Spin 2018 (Foto: Divulgação)

Alguns modelos acabam ganhando a alcunha de "carros de praça", por serem bastante utilizados por taxistas. Alguns modelos confirmam o apelido e marcam presença na lista.
É o caso de Renault Logan (73,7%), Volkswagen Voyage (72,1%), Chevrolet Cobalt (63,9%) e Spin (62,7%).
Os veículos que mais dependem de vendas diretas no Brasil


Menor participação de vendas diretas

Estes são os modelos que menos dependem de empresas, e são mais dedicados ao consumidor "comum":
Ford Fiesta – 1.643 unidades em um total de 17.390
Honda Civic – 2.312 unidades em um total de 24.021
Honda HR-V – 4.606 unidades em um total de 43.508
Menos de 20% dos emplacamentos deles é para frota ou táxi; bem abaixo da média do mercado, de 40%.
Os veículos que menos dependem de vendas diretas no Brasil


O que são vendas diretas?

Venda direta é toda a venda realizada pela fábrica, e não por uma concessionária. Existem diversas modalidades de vendas diretas:
  • frota;
  • locadoras de veículos;
  • taxistas;
  • pessoas com deficiência (PCD)
Em praticamente todas, há descontos para o cliente. Eles variam de acordo com a quantidade de veículos comprados e a política de cada fabricante.

Perfil das marcas

A estratégia de apostar ou não em vendas diretas depende de cada fabricante.

"A forma mais rentável é a venda para o consumidor. Uma das piores é a venda direta", afirma o gerente de desenvolvimento de negócios da consultoria Jato, Milad Kalume.
A Fenabrave informou que as vendas diretas representaram 40% das vendas totais de carros e comerciais leves (picapes e furgões) de janeiro a novembro.
G1 pediu à entidade os números de vendas diretas por montadora, mas a Fenabrave afirmou que não possui essas informações. Seu relatório apresenta apenas dados dos 100 modelos mais vendidos do mercado.
Nessa lista, são “figurinhas” comuns modelos de marcas como Chevrolet, Fiat e Renault.
Entre os 8 carros da Chevrolet entre os 50 mais vendidos, 4 apresentam índice de vendas diretas superior a 50% - Spin, Cobalt, S10 e a líder, Montana. A Fiat aparece com 3 modelos, entre os 7 da lista – Toro, Uno e Strada.
A Renault também tem 3 modelos com vendas diretas representando mais de 50% - Logan, Sandero e Duster.
A diferença da marca francesa é que esses também são os "carros-chefes" da Renault no mercado, enquanto as rivais têm outros modelos que vendem bem e não dependem tanto da venda direta, como Chevrolet Onix e Fiat Mobi.
Na outra ponta, Honda, Toyota e Hyundai figuram com os modelos com menor participação de vendas diretas no total de emplacamentos. Com exceção do Toyota Corolla (39%), nenhuma das marcas possui modelos com mais de 25% de vendas diretas.
“Algumas marcas não aplicam tantos descontos (para empresas). Normalmente são as que têm maior saída na concessionária", explica o consultor da Jato.

É saudável?

Kalume afirmou que há uma tendência na alta das vendas diretas nos próximos anos, fato que já vem sendo observado há algum tempo.
“De 5 anos pra cá, a média de vendas diretas aumentou de 22% para cerca de 35%”, diz o consultor.
Além de ajudar a esvaziar os pátios das fábricas, a venda para empresas também ajuda as montadoras a ganhar participação de mercado. Mas o resultado pode não ser tão bom.
“Se você aposta muito na venda direta, significa que seu produto não está atraindo o consumidor final. É basicamente um entrave, uma dificuldade. A montadora precisa girar o estoque”, afirma o especialista da Jato.
No entanto, dependendo da forma como as fabricantes atuam neste mercado, as consequências podem ser sofridas pelo cliente do varejo, aquele que compra o carro na concessionária.
Um exemplo são as locadoras de veículos. Em alguns casos, elas compram os carros com desconto e, depois de algum tempo, revendem os veículos seminovo. O preço desse carro usado também tende a ser menor do que o praticado pelo cliente que pagou o "preço cheio".

Fonte: G1

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